Relatório de Regulação 2016

O Relatório de Regulação 2016 já está disponível no site da ERC.

A apresentação do Relatório de Regulação começa com uma homenagem a Umberto Eco.

Segundo Carlos Magno, presidente da ERC, o documento “sistematiza um ano em que a vedeta das televisões foi o improvável Pedro Dias que depois de alegadamente assassinar um GNR e um casal andou vários dias fugido à perseguição policial, acabando por entregar-se em

direto na televisão pública. Quanto ao resto, foi um ano de futebol (jogado, falado, caseiro e europeu); foi um ano de política alargada no seu novo arco de governação alargado à esquerda e de um selfie presidencialismo afetivo em todo o terreno e todas as televisões todos os dias da semana; 2016 foi um ano de referências várias à ordem interna com alguma conflitualidade artificial, mas menos crispação e pouca agenda internacional.

E foi pena porque foi o ano da chegada de Trump à Casa Branca e do Brexit do Reino Unido.

Houve menos refugiados nas notícias, mas eles continuaram a chegar em larga escala às costas europeias. Foi também o ano da grande passagem ao digital e de alguns naufrágios analógicos.

Neste relatório há novos capítulos dedicados à Transparência dos Grupos de Media, à Literacia para os Media, à questão do Género nos Media e à Regulação dos Meios Digitais. Será possível encontrar capítulos mais técnicos sobre fiscalização das rádios no terreno ou sobre os níveis do volume sonoro. Novidades que se destacam também com uma abordagem mais detalhada da situação económico-financeira dos grupos e da revisão da Diretiva Europeia AVMS.

Este foi ainda o ano em que alguns regulados revelaram uma certa falta de humildade no reconhecimento de erros jornalísticos, respondendo com os milhões das suas audiências às queixas de centenas de cidadãos, mas como perguntava Umberto Eco numa crónica já muito antiga: «será que o público faz mal à televisão?».

Não cabe ao Regulador responder a esta questão onde se invertem os malefícios da televisão sobre os públicos. Acho que a resposta deve ser dada pela serenidade de quem passou pela Entidade Reguladora mais tempo do que estava previsto. Escrevo esta apresentação hoje, quando o Parlamento adia novamente a eleição do novo Conselho Regulador…”

Na sua página institucional na rede social Facebook, a ERC contextualiza que o documento, enviado ao Parlamento a 21 de julho, oferece uma visão 360º e aprofundada do setor dos media em Portugal no último ano.

Para Carla Martins, assessora do Conselho Regulador da ERC, coordenadora de área do Relatório de Regulação e investigadora integrada do CIC.Digital, este é um documento “imprescindível sobre o setor dos media em Portugal, com o aprofundamento de diferentes vertentes, algumas delas com estreia na edição deste ano, como a transparência dos media; publicidade institucional; literacia e género e media. Podem ser consultadas análises de índole económico-financeira; sobre pluralismo e diversidade na informação e na programação; sobre quotas de música portuguesa; e muito mais”.

Consulte o Relatório aqui.

2017-07-28T10:30:29+00:00